“Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.”
Tg 2.24
O binômio fé e obras tem causado muita confusão entre os cristãos de um modo em geral. O primeiro passo, é esclarecer a luz das sagradas escrituras o que significa cada um; a fé é o meio pelo qual o cristão é salvo, ou seja, é o combustível que nos impulsiona a crermos que Jesus Cristo nos justificará diante de Deus, através de seu sangue derramado na cruz do calvário por todos nós. A Epístola do Apostolo São Paulo aos Gálatas 2:16 – relata: “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos, também, crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto, pelas obras da lei, nenhuma carne será justificada”. E ainda, a Bíblia nos traz o seguinte relato sobre este mecanismo da fé, instrumento maravilhoso que o cristão dispõe para ser usado em todo o momento de sua vida, no livro do profeta Isaias 53:3 – “Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? porquanto foi cortado da terra dos viventes: pela transgressão do meu povo foi ele atingido. Esta passagem relata o sofrimento de Cristo aqui na terra, em benefício de uma vida eterna para os salvos.
A fé não é algo físico, ou seja, algo que possa apalpar. Explico: nós sentimos a necessidade de respirarmos, precisamos do oxigênio, comparado com a fé é a mesma coisa, a Bíblia relata que impossível agradar a Deus sem fé. Paulo escreveu aos Hebreus 11:1: “ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.” Ele entende melhor do que necessitamos para vivermos neste mundo tenebroso, confiar em Cristo, esperar na sua justiça e as outras coisas nos serão acrescentadas. Em São Mateus, encontramos Jesus chamando a atenção do Apóstolo Pedro: “chamando-o de homem de pouca fé, pôr que duvidas”? Nunca devemos duvidar das bênçãos que Deus preparou para nós. Temos que acreditar mais no nosso Deus. É comum nós pedirmos algo para Deus, e sem paciência para esperar no seu tempo desistirmos, esta falta de fé, nos coloca no caminho de um abismo. Coremos o risco de nos afastar da direção de Deus.
Obras – as obras que praticamos não são perfeitas. Elas são aceitáveis por Deus em virtude de suas misericórdias. O Apóstolo São Paulo escreve aos Romanos capítulo 7 e os versos que seguem: 18 – “Porque eu sei que, em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e, com efeito, o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.” 19 – “Porque não faço o bem que quero, mas, o mal que não quero, esse faço.” 20 – “Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.” Fica muito difícil sermos justificados diante de Deus só pelas as obras. Explico: Pensemos nas pessoas que tem grandes posses e fazem muitas doações em asilos, casas de misericórdias, albergues etc. As outras que não podem fazer estas benevolências na mesma proporção, como ficariam as suas obras diante de Deus? A certeza que tenho é que, o nosso galardão é intransferível, porque o servimos a um Deus justo e benevolente: Mateus 5:12 – “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”
Contudo, prossigamos na prática das obras e exercitar a fé, nunca deixar que uma venha suplantar a outra, ambas é essencial para no levar ao trono da graça: Tiago 2.18 – “Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.”
Brasília-DF, 8 de março de 2011